Kimberlitos são rochas que receberam este nome em referência à Kimberley, na África do Sul.
Estas são rochas ígneas vulcânicas, com um teor muito baixo de sílica (SiO2<35 wt%), MgO muito alto (>15 wt%), Al2O 3 muito baixo (<5 wt%), e Na2O muito baixo (<0,5 wt% ).
Possuem frequentemente aparência fragmentada (textura brechada), com grandes cristais, muitas vezes arredondados, envoltos por uma matriz de grãos finos.
Minerais frequentes nesta rocha são olivina, flogopita, granada, diopsídio, ilmenita, serpentina, calcita e magnetita.
Mas esta rocha também possui grande quantidade de xenocristais e xenólitos, incluindo cristais de diamante.
Isto porque sua geração se dá por fusão parcial de rochas do manto, a mais de 150 km de profundidade, e sua subida rápida (>4–20 m/s) é intimamente ligada à adição de rochas mais ácidas no caminho.
Em geral, os kimberlitos são encontrados em unidades geológicas no formato de “tubo”: estrutura com bordas verticalizadas, mas que são aproximadamente circulares em planta. Estas rochas são intrudidas através de zonas de fraqueza, do manto até a crosta.
Existem diversos tipos de classificação destas rochas. Por exemplo, seguindo diferenças na composição mineral, os kimberlitos podem ser divididos em dois tipos:
Grupo I
São os kimberlitos “clássicos”, que ocorrem em Kimberley, na África do Sul. São rochas ultrabásicas pobres em sílica, ricas em potássio e em voláteis. O composto volátil típico é o CO2. A composição em geral inclui grandes cristais de olivina, ilmenita, granada, piroxênios e flogopita, envoltos por uma matriz fina rica em olivina, serpentina, carbonatos e outros.
Grupo II
São rochas mais próximas aos lamprófiros do que aos kimberlitos. São conhecidos também como “kimberlitos micáceos” ou “lamprofiros kimberlíticos”. São rochas muito ricas em potássio, peralcalinas e ricas em voláteis. O composto volátil típico é o H2O. A composição inclui cristais de flogopita e olivina, em uma matriz fina com flogopita, olivina, cromo-diopsídio, espinélio, perovskita e outros.