Depósitos tipo Pórfiro

Os depósitos de pórfiro são originados de sistemas hidrotermais associados a rochas ígneas intrusivas.
A formação de depósitos de pórfiro está intimamente ligada à atividade tectônica.

Limites de placas convergentes, como os encontrados na Cordilheira dos Andes, criam as condições ideais para a formação desses depósitos. Além disso, ambientes tectônicos extensionais também podem dar origem a depósitos de pórfiro.
Esses depósitos exibem rochas porfiríticas, com grandes cristais cercados por uma matriz de granulação fina.

Em maioria estes depósitos estão encaixados em profundidades menores que 10km (até 5km em geral). As idades dos depósitos variam do pré-cambriano ao cenozóico. São espacialmente e geneticamente relacionados a magmas intermediários a ácidos, cálcio alcalinos a alcalinos oriundos decúpulas de plutons de composição dioritica-tonaliticas.

As rochas hospedeiras típicas incluem granodioritos, dioritos, e às vezes tonalitos. Os depósitos tipo pórfiro são notáveis pela presença de minerais de sulfeto, como calcopirita (minério de cobre), molibdenita (minério de molibdênio) e, ocasionalmente, minerais de ouro e prata.

Os minerais de sulfeto também podem ocorrer em veios e disseminações dentro das rochas hospedeiras.
Os teores de metais podem variar consideravelmente de um depósito para outro, mas os depósitos de pórfiro geralmente têm teores moderados a baixos. 

Os fluidos hidrotermais que transportam os metais são frequentemente derivados da água magmática e das rochas circundantes.
Os metais são liberados durante o resfriamento do magma e interagem com os fluidos para formar os minerais de minério.

A gênese dos depósitos de pórfiro envolve a intrusão de magma, a interação com fluidos hidrotermais e processos complexos ao longo de milhões de anos. Entender esses processos é vital para a exploração mineral e o desenvolvimento sustentável de minas.
Sua exploração e mineração envolvem técnicas avançadas, modelagem sofisticada e compreensão profunda dos processos geológicos para enriquecer nossa compreensão do subsolo e a impulsionar o progresso da indústria mineral.

Biondi, João Carlos. Processos metalogenéticos e os depósitos minerais brasileiros. São Paulo : Oficina de Textos, 2003.

Guilbert, J.M. and Park, C. F. (1986) The Geology of Ore Deposits. W. H. Freeman and Company, New York.

Metalogênese das províncias tectônicas brasileiras /Organizadores Maria da Glória da Silva, Manoel Barretto
da Rocha Neto, Hardy Jost [e] Raul Minas Kuyumjian… – Belo Horizonte: CPRM, 2014.