Gertrude Belle Elion foi uma eminente cientista e farmacologista norte-americana, nascida em 23 de janeiro de 1918 e falecida em 21 de fevereiro de 1999.
Sua respeitada trajetória é reconhecida pelas valiosas contribuições à medicina, bem como pela descoberta de várias drogas que revolucionaram o tratamento de diversas doenças.
Nascida no Brooklyn, Nova York, em uma família judia de origem polonesa, desde cedo ela demonstrou grande interesse pela ciência, motivada pelo falecimento de seu avô por câncer durante sua adolescência.
Seu ímpeto a levou a seguir uma carreira nesse campo promissor.
Apesar de formada em química, Gertrude Elion enfrentou obstáculos no início de sua carreira, devido ao sexismo e discriminação de gênero predominantes na época, o que dificultava sua busca por empregos na área de pesquisa.
No entanto, em 1944, ela finalmente conseguiu um cargo como assistente de pesquisa no laboratório da empresa farmacêutica Burroughs Wellcome (atualmente GlaxoSmithKline).
Trabalhando em colaboração com o bioquímico George Hitchings, a parceria de ambos resultou em notáveis descobertas.
Juntos, desenvolveram uma nova abordagem para criação de medicamentos, focando em atacar células doentes de forma seletiva, sem afetar as células saudáveis.
Essa revolucionária abordagem ficou conhecida como “terapia seletiva” e transformou o cenário da medicina.
Ao longo de sua carreira, Gertrude Elion e George Hitchings criaram drogas fundamentais para o tratamento de diversas doenças, incluindo leucemia, gota, herpes, malária e AIDS.
Alguns dos fármacos notáveis resultantes de suas pesquisas incluem o azatioprina, o aciclovir e a trimetoprima, que são amplamente utilizados em todo o mundo no tratamento de pacientes com doenças graves.
Devido às suas incríveis descobertas, Gertrude Elion foi agraciada com diversos prêmios e honrarias, sendo o mais notável o Prêmio Nobel de Medicina em 1988, tornando-se a quinta mulher a receber essa prestigiosa premiação.