Lisa Meitner, uma das cientistas mais notáveis do século XX, deixou um legado significativo no campo da física nuclear.
Nascida em 7 de novembro de 1878, em Viena, Áustria, sua brilhante carreira foi, em parte, ofuscada por preconceitos de gênero, mas sua importância perdura até hoje.
Após concluir o doutorado em física em 1906, Meitner trabalhou em diversos laboratórios na Alemanha e na Suécia.
Na década de 1930, ela formou uma parceria notável com Otto Hahn, com quem realizou pesquisas pioneiras sobre fissão nuclear.
Em 1938, fizeram uma descoberta revolucionária: a fissão nuclear, que é a divisão do núcleo de um átomo pesado em dois núcleos menores, liberando uma enorme quantidade de energia.
Infelizmente, a ascensão do nazismo na Alemanha forçou Meitner, uma judia, a deixar o país em 1938.
Ela buscou refúgio na Suécia e continuou trabalhando com Hahn à distância.
Embora a descoberta da fissão nuclear tenha rendido o Prêmio Nobel de Química a Hahn em 1944, Meitner foi injustamente excluída do prêmio.
Apesar disso, sua contribuição para a ciência foi amplamente reconhecida em outros aspectos.
Ela desempenhou um papel essencial na compreensão da fissão nuclear e na explicação teórica dos eventos ocorridos nos experimentos de Hahn.
Após a Segunda Guerra Mundial, Meitner continuou a trabalhar em pesquisa e ensino na Suécia e, em 1960, recebeu o prestigioso prêmio Max Planck da Sociedade Max Planck da Alemanha.
Embora seu devido reconhecimento não tenha vindo em vida, seu legado é agora valorizado, e seu nome é lembrado como uma das grandes mentes da física do século XX.
Além de quebrar barreiras como mulher na ciência, Lisa Meitner contribuiu para desvendar os mistérios do núcleo atômico, abrindo caminho para avanços significativos na física nuclear e no desenvolvimento da energia nuclear.
Sua história continua a inspirar e ressalta a importância de valorizar e promover a igualdade de gênero na ciência, assegurando que todas as mentes brilhantes possam contribuir de forma única para o progresso da humanidade.