Anna Atkins foi uma notável botânica e fotógrafa britânica do século XIX, conhecida como a pioneira na publicação de um livro ilustrado inteiramente com fotografias.
Nasceu em 16 de março de 1799 em Tonbridge, Kent, Inglaterra, e faleceu em 9 de junho de 1871 em Halstead Place, também em Kent.
Sua paixão pela botânica foi influenciada desde cedo por seu pai, o renomado botânico John George Children. Esse interesse precoce pela área impulsionou sua carreira e a levou a se tornar uma das principais figuras do seu tempo.
Seu trabalho mais famoso, intitulado “Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions”, foi publicado em partes entre 1843 e 1853. Neste distinto livro, Anna Atkins utilizou o processo fotográfico conhecido como cianotipia para criar imagens das algas marinhas que ela meticulosamente coletava e estudava.
A cianotipia é um processo fotográfico que resulta em imagens monocromáticas de tonalidade azul característica.
Para criar essas imagens, as algas eram cuidadosamente arranjadas sobre papel tratado com uma mistura de sais ferrosos, e a exposição à luz solar imprimia suas formas distintas na superfície do papel.
A obra de Anna Atkins representa um marco significativo na história da fotografia e da botânica, atribuindo-lhe o reconhecimento como a primeira mulher a realizar um projeto fotográfico com fins científicos.
Além de sua importância científica, as imagens eram esteticamente bonitas e precisas, contribuindo para a documentação e o estudo detalhado da flora marinha britânica.
Além de suas contribuições científicas, Anna Atkins destacou-se por ser uma das pioneiras no uso artístico da cianotipia na fotografia.
Sua abordagem inovadora, explorando a intersecção entre ciência e arte, deixou um legado duradouro e continua a inspirar muitas pessoas nos campos da botânica e da fotografia até os dias de hoje.