Jocelyn Bell, uma estudante de graduação de Cambridge, montou o equipamento, coletou e interpretou os dados de um novo tipo de astro, conhecido como estrelas pulsares. No entanto, seu orientador tomou o crédito para si. Hoje, décadas depois, a sociedade reconhece a autora da descoberta.
Jocelyn Bell amava ondas de rádio desde que entrou na universidade. Por isso, quis entrar em um projeto de construção de um radio-telescópio. Ela ajudou na montagem, e ficou como responsável pela operação do telescópio e pelo tratamento dos dados, que, na época, eram sinais gravados em quilômetros de papel.
Um dia, Bell observou um sinal diferente. Eram pulsos de alta frequência, que pareciam um novo tipo de astro. Ao apresentar ao orientador, ele considerou como sendo algum tipo de erro, na montagem ou na operação do equipamento. Ela precisou comprovar com novas leituras que não estava errada, e até pediram a ela que encontrasse outro sinal do mesmo tipo, pois se fosse um tipo novo de estrela, deveria existir outras. E ela encontrou.
Com estes resultados, o orientador levou para apresentar em palestra em Cambridge, mas ele não deu o crédito da descoberta para a senhorita Bell. Bell era apenas referida como a “pequena garota” que trabalhava no projeto. A descoberta ficou famosa pois era mesmo um tipo novo de estrela: pulsares, uma estrela de nêutrons que emite pulsos rápidos e periódicos de radiação. O artigo foi publicado, com o nome de Bell como segunda autora.
Fizeram entrevistas com o orientador junto do equipamento. A ela, foi apenas perguntado quais suas medidas, e solicitado que abrisse alguns botões da blusa para parecer mais interessante na foto.
O orientador e um amigo ganham um Prêmio Nobel pela descoberta das estrelas pulsares.