A colapsibilidade do solo é um fenômeno que ocorre em solos quando há a redução do seu volume repentinamente devido à quebra de sua estrutura quando aumentado o seu grau de saturação a uma tensão relativamente baixa.
Além do grau de saturação, existem outros fatores que podem influenciar na colapsibilidade do solo, tais como a porosidade, a estrutura dos agregados e a presença de matéria orgânica.
Em geral, solos argilosos com alta porosidade, baixa estruturação e baixo teor de matéria orgânica são mais propensos a sofrer colapso quando saturados.
Existem solos que quando em contato com a água se expandem.
Este é o caso das argilas constituídas por montmorionita.
Este tipo de argilomineral secundário possui uma união molecular frágil que permite a penetração da água que provoca o aumento de volume e expansão da argila.
A simulação da colapsibilidade do solo pode ser realizada a partir do ensaio de adensamento.
Para que o cálculo do colapso seja feito não é preciso aumentar a carga ou a tensão aplicada à amostra, o que muda durante a análise é a “inundação”.
Desta forma, observa-se que poderá haver mudanças repentinas na leitura do extensômetro, principalmente quando se tratar de um solo poroso, não saturado, com baixo teor de umidade ou mesmo com alto índice de vazios.
Para análises comparativas, alguns estudos de colapsibilidade do solo envolvem e realização de ensaios de adensamento com e sem inundação.
Obras assentadas em solos colapsáveis podem apresentar recalque excessivos em estruturas de fundação, surgimento de fissuras e trincas nas edificações, alvenarias e nos elementos estruturais e a inclinação de estruturas verticais, como postes, por exemplo.
Os ensaios de campo (sondagens) fornecem informações relevantes quanto à estratigrafia do terreno e resistência do solo ao longo da profundidade, garantindo uma obra que não causará prejuízos futuros nem comprometerá a segurança de quem a utiliza.