A resistência ao cisalhamento do solo é uma propriedade do solo que está relacionada à sua capacidade de suportar forças cortantes sem se deformar excessivamente ou romper.
Nesta condição o solo tende a suportar a máxima tensão de cisalhamento do solo no plano em que a ruptura ocorre.
A resistência ao cisalhamento do solo é influenciada por diversos fatores, como a textura, a composição mineralógica, a estrutura, a porosidade, a umidade e o histórico de esforços do solo.
Em solos granulares, a resistência ao cisalhamento se deve principalmente ao atrito entre as partículas, enquanto em solos argilosos, é devido à coesão e ao atrito entre suas partículas.
É importante ressaltar que, ao avaliar um litotipo no terreno, é notado que as tensões podem variar em função da profundidade, enquanto a coesão e o ângulo de atrito não sofrem alterações.
Existem métodos específicos para definir as propriedades de resistência de cada material em laboratório.
No caso de solos, isso está relacionado à determinação da resistência ao cisalhamento, a partir da qual é possível calcular a coesão do solo e o ângulo de atrito entre as partículas.
Em certas situações, é importante considerar a saturação do solo durante as etapas que antecedem a ruptura, já que essa condição resulta em menor resistência do solo, logo parâmetros mais conservadores.
A capacidade do solo em suportar cargas está diretamente relacionada a sua resistência ao cisalhamento.
Isso quer dizer que solos mais resistentes tendem a suportar maiores cargas/tensões sem que haja sua ruptura.
Embora cada solo apresente um valor específico de resistência, é fundamental considerar alguns aspectos importantes:
- A resistência depende da tensão aplicada;
- A resistência ao cisalhamento é controlada pelas tensões efetivas;
- A resistência ao cisalhamento depende do tipo de carregamento;
- A resistência medida será diferente conforme:
- Há deformação a volume constante (carregamento não drenado);
- Não há desenvolvimento de pressões intersticiais (carregamento drenado).