A prática do QA/QC como ferramenta de monitoramento e controle da qualidade

Em muitos projetos de empilhamento de rejeitos e estéreis, a prática do QA/QC pode ser a chave para a garantia e o controle de qualidade.

QA/QC são dois componentes principais de qualquer sistema de gerenciamento de dados de qualidade.
Os dois têm definições e funções diferentes em geral, mas ao mesmo tempo estão intimamente integrados na prática geral da qualidade.

Mas o que seria QA/QC?

O QA visa definir todos os processos importantes envolvidos na atividade e consequentemente o controle de qualidade visa garantir que o processo de produção correto seja executado da maneira correta, enquanto o controle de qualidade garante que o produto atenderá ao padrão exigido.

Por um lado, o controle de qualidade refere-se à forma como um processo é executado ou como um produto é feito e trata do processo, dos planos e dos projetos para fornecer o nível de confiança satisfatório ao requisito de qualidade.

O QC, por outro lado, está mais associado ao aspecto de inspeção da gestão da qualidade, sendo o conjunto de atividades e procedimentos para garantir a qualidade dos produtos em relação a padrões e requisitos.

Na prática, os dois termos são frequentemente usados de forma intercambiável (referidos como QAQC). Ambos têm o mesmo propósito – salvaguardar a qualidade dos produtos ou serviços, mas com ênfases e abordagens diferentes.

Essencialmente, o objetivo do QA é prevenir a ocorrência de problemas/erros, sendo proativo, enquanto o QC é detectar e avaliar os problemas quando eles ocorrem, sendo reativo.

Assim, o objetivo do QAQC é garantir resultados precisos, exatos, representativos e confiáveis das informações e aumentar o nível de confiança dos dados apresentados.

Que tal implementá-la no projeto construtivo?

A confiabilidade e o nível de confiança nos dados são frequentemente medidos em relação à precisão e exatidão, que são duas medidas importantes no sistema de informação.
O desafio é enorme quando lembramos da grande variabilidade de comportamento dos rejeitos e que diretamente influencia o processo construtivo, não concorda?

No ensaio de amostras geológicas e de mineração, existem três tipos de erros.

O primeiro tipo refere-se ao processo de coleta de amostras, incluindo como as amostras são coletadas e armazenadas e as características das amostras, como: peso, heterogeneidade e teor de impurezas. Inclui também o chamado erro fundamental de amostragem, que é provocado pela estrutura dos materiais da amostra, como a forma e o tamanho das partículas minerais.

O segundo tipo de erro ocorre durante o preparo laboratorial das amostras, envolvendo delineamento, trituração, pulverização, pesagem e contaminação.

O terceiro tipo de erro, o erro instrumental, ocorre durante as operações analíticas. É causado pelos instrumentos analíticos utilizados no processo e é frequentemente referido como viés instrumental.

Erros e vieses ocorrem por vários motivos quando a análise de amostras é realizada por técnicos em laboratórios sob diversas condições.
Têm um impacto desfavorável na qualidade dos dados, mas são inevitáveis.
O que podemos fazer é minimizar erros e preconceitos, buscando uma forma de avaliar a sua propagação e fazer julgamentos sobre a sua influência?

A extensão do erro e do viés dos dados é medida pela precisão e exatidão. Veja que conceitos simples podem ajudar bastante ao longo de todo projeto de empilhamento, basta agora colocarmos em prática!