A transição dos modelos mentais da geologia para a realidade do mercado de trabalho

Logo no primeiro ano de faculdade, os alunos de geologia são apresentados à abstração do tempo (no que diz respeito à escala geológica) e à elaboração de modelos mentais de processos complexos da natureza, sejam eles endógenos ou exógenos.

No entanto, quando se trata de aplicar esse conhecimento no mercado de trabalho, é preciso converter esses modelos mentais em modelos realistas, que possam ser utilizados por outros profissionais de forma matemática.

Nesse momento, passamos da fase do romance para a do drama, já que a tarefa de transformar a geologia e seus processos em um modelo 3D realista é trabalhosa e exige muito esforço.

Há séculos, a humanidade tem enfrentado o desafio de representar a natureza geológica em três dimensões e, para isso, uma das primeiras ferramentas utilizadas foram os blocos diagramas.
No entanto, hoje em dia, modelos 3D são amplamente utilizados para apoiar diversas atividades minerárias.

Esses modelos são criados com um objetivo e escala específicos em mente. Por exemplo, um modelo criado para estimar recursos minerais provavelmente terá uma escala diferente daquela usada para planejar a extração de minérios no curto prazo.

Atualmente, existem diversos softwares que permitem a criação de modelos 3D através dos métodos de modelagem implícita ou explícita.

  • Implícita: a técnica extrai pontos de contato e gera sólidos através de interpolações 3D.
  • Explícita: a técnica utiliza seções (2D) para a construção dos sólidos.

Independentemente da técnica utilizada, é crucial que o modelador tenha um conhecimento profundo do modelo do depósito e seja capaz de traduzir a realidade complexa para um modelo matemático realístico e prático.