O estudo das tensões que atuam no solo torna-se relevante, uma vez que elas têm uma grande influência no seu comportamento e podem afetar a estabilidade de estruturas construídas sobre o solo.
O solo, ao ser submetido a uma carga, tende a sofrer deformações, sendo então modificado o seu volume e forma iniciais.
A extensão e intensidade das deformações apresentadas pelo solo irão depender de suas propriedades elásticas e plásticas, além da geometria e a profundidade da carga da carga aplicada.
Sabe-se que nos solos ocorrem tensões tanto devido ao seu próprio peso quanto ao aumento ou diminuição do carregamento externo em sua superfície, além da geometria desse carregamento.
O conhecimento das tensões atuantes em uma área é extremamente importante para que o profissional compreenda o comportamento de praticamente todas as obras de Engenharia Geotécnica.
A distribuição de tensões no solo devido ao seu peso pode apresentar certa complexidade, passível de simplificação quando considerado o terreno plano, horizontal e sem carregamento externo.
Nesses casos, os cálculos levam em conta a ausência de tensões cisalhantes nos planos vertical e horizontal, sendo assim, a tensão total vertical é determinada pela massa do solo acima da profundidade considerada.
Já quando o terreno é inclinado ou formado por várias camadas de solo com diferentes pesos específicos (estratificado), a tensão total resultará do somatório das parcelas de cada camada. Deve-se levar em conta a tensão efetiva e a poro-pressão, cuja soma será o resultado da tensão total daquela área estudada.
Esse é mais um dos motivos pelos quais os profissionais precisam realizar detalhados estudos de campo e sondagens, elevando a qualidade e durabilidade da estrutura.