Neste texto vamos abordar alguns impactos da falta de QAQC na modelagem geológica.
Para isso, vamos fazer um levantamento de questionamentos que provoque reflexão sobre a problemática da ausência de controles de qualidade na criação do modelo geológico.
Como a falta de QAQC pode influenciar o sucesso do projeto?
Será que os dados utilizados para modelar estão comprometidos quando não há controles de qualidade nas etapas anteriores?
Como garantir que o modelo geológico seja o mais fidedigno possível?
Existem vários conjuntos de dados necessários para a modelagem geológica.
Vamos abordar alguns deles e apresentar uma possibilidade de desvio em cada um.
• Mapa geológico:
A fase de mapeamento é essencial para a elaboração do modelo geológico, pois responde às questões sobre a seqüência estratigráfica, falhas, dobras, etc.
Contudo, caso não haja um processo de QA envolvendo um datum geográfico, ou se a escala do mapeamento não for adequada para o modelo, pode haver um grande desvio na modelagem.
• Informações de sondagem (furos):
A criação do modelo geológico conta com informações de subsuperfície oriundas de sondagem, portanto, é importante verificar se há alguma programação de QAQC para essa campanha.
Além disso, o posicionamento espacial dos furos também é importante, pois se o datum dos collares não for o mesmo do mapeamento, isso pode comprometer os contatos geológicos.
Outros fatores que devem ser observados são a utilização de mais de um tipo de sondagem e desvios de trajetória não mensurados.
• Descrição geológica e química:
O programa de QA/QC deve prestar atenção ao posicionamento das amostras, pois elas podem estar trocadas, há necessidade de avaliar as ferramentas de precisão e exatidão analíticas, pois pode haver, por exemplo, viés de teores, e isso pode afetar a modelagem geológica.
Portanto, é importante que todos esses fatores (não se restringindo só a eles) sejam observados para que a modelagem geológica seja realizada de forma precisa.