Os pallasitos são rochas formadas por ligas metálicas (aspecto metálico) e cristais de olivina (cor amarelo-esverdeada).
Os palasitos são um dos tipos mais raros de meteoritos ricos em ferro, formando no máximo 0,2% dos meteoritos conhecidos.
Esta rocha é um exemplo de como os meteoritos são importantes para compreendermos o nosso próprio planeta e outros corpos do universo.
O pallasito da foto vem do meteorito “Admire”, que foi descoberto em 1881, em uma fazenda no Kansas.
Esta rocha deve ter sido formada há cerca de 4,5 bilhões de anos, no topo do núcleo de um asteroide.
Partes deste asteroide vieram parar aqui, na Terra, graças à uma colisão sofrida por este corpo há cerca de 100 milhões de anos. Após o evento maior e colisões subsequentes, fragmentos do asteroide acabaram por atingir a Terra.
A parte metálica do meteorito é formada por uma liga de ferro e níquel, em proporções semelhantes.
Estes também são os componentes principais estimados para o núcleo do nosso planeta.
Este é um exemplo de como os meteoritos são importantes para a ciência. Este meteorito pode ser usado para compreendermos partes do nosso planeta que são inacessíveis, como o manto inferior e o núcleo.
Ao olhar para este tipo de rocha, podemos supor que o contato entre o topo do núcleo da Terra (metálico fundido) e a base do manto (cristais) deva conter rochas com este mesmo aspecto, com metais fundidos permeando cristais, isso porque, segundo o conhecimento de evolução planetária que temos, elementos pesados como ferro e níquel compõem o núcleo da Terra e de outros corpos celestes.
E, além disso, não há uma “parede” separando o manto do núcleo.
Então, é perfeitamente possível pensar que esta interação aconteça, e o pallasito seria um exemplo deste tipo de feição.