Quais os impactos ambientais já esperados na mineração de nódulos polimetálicos no fundo do mar?

A atividade de pesquisa de mineração de nódulos polimetálicos em águas profundas aumentou substancialmente nos últimos anos, mas o nível esperado de impacto ambiental ainda está sendo estabelecido.


Alguns impactos da mineração de nódulos polimetálicos em águas profundas são: a descarga de sedimentos residuais na chamada “coluna de meia-água” (a cerca de 1/3 ou 1/4 da distância total entre o barco minerador e o fundo marinho); a pluma de sedimentos no próprio leito marinho, as forças de arrasto e a pressão geradas pela passagem dos equipamentos.

Como cada região do fundo marinho possui uma dinâmica específica, é preciso realizar um estudo e criar um modelo de impacto. No caso das plumas de descarga de meia-água, por exemplo, a extensão do impacto da mineração de nódulos será influenciada pela turbulência oceânica, quantidade de sedimentos da pluma, e limites ambientais aceitáveis.


Um modelo realizado para a Zona de Fratura Clarion Clipperton, considerando estas variáveis, revela que o impacto estaria dentro dos limites aceitáveis, neste caso. A pluma inicia densa e se dilui até uma profundidade onde adquire uma flutuabilidade neutra (até aqui, chamada de “pluma dinâmica”), e é então dispersada pela corrente oceânica e turbulências de fundo (chamada de “pluma ambiente”).

Este tipo de pesquisa é extremamente importante para viabilizar a mineração do fundo do mar. Mas ainda serão precisos mais alguns modelos para que a mineração da Clarion Clipperton seja feita da melhor forma.
A Zona de Fratura Clarion Clipperton ganhou visibilidade no cenário internacional da mineração em 2021, após a requisição de mineração desta área pelo país Nauru, do Oceano Pacífico.

A região poderia sustentar a humanidade com manganês por até 30 anos.