O rubi destaca-se como uma das gemas mais valiosas e admiradas do mundo.
Ele é uma variedade do mineral coríndon, que é encontrado em rochas ígneas alcalinas que apresentam um teor de sílica baixo e são ricas em alumínio, como os sienitos nefelínicos e também aparece em rochas metamórficas de alto grau, especialmente aquelas com alto teor de alumínio.
Além disso, o coríndon pode se formar em depósitos de bauxita metamorfoseados (metabauxita, ou corundita). Sua ocorrência também é observada em muitos minérios originados de rochas ultrabásicas e é reconhecido por sua cor vermelha intensa.
Com uma dureza notável, o rubi é superado apenas pelo diamante e é composto principalmente de óxido de alumínio (Al2O3). A coloração vermelha característica é causada pela presença de cromo (Cr), que substitui parte do alumínio na estrutura cristalina.
O rubi pode ser encontrado em diferentes tipos de formações geológicas, seus cristais, normalmente hexagonais e com brilho vítreo, são extraídos principalmente em países como Mianmar, Tailândia, Vietnã, Quênia e Tanzânia.
No Brasil, a ocorrência de rubis é rara, com registros nos estados da Bahia e Santa Catarina. Embora o rubi seja famoso por sua cor vermelha, o coríndon pode se apresentar em outras tonalidades. Quando não é vermelho, ele é conhecido como safira. Além de seu uso em joias, a alta dureza do rubi permite aplicações em mecanismos de precisão, como em relógios e motores, e até em tecnologias avançadas, como lasers.
Os rubis de alta qualidade, especialmente aqueles originários de Mianmar, são extremamente valorizados. Um rubi “extra fine”, sem tratamento e pesando entre 4 e 5 quilates, pode alcançar preços entre US$ 28.000 e US$ 40.000 por quilate.
Gemas maiores são negociadas diretamente entre compradores e vendedores, sem uma cotação pré-definida.
Entre os rubis mais notáveis está o Sunrise Ruby, encontrado em Mianmar.
Com 25,59 quilates e uma cor vibrante conhecida como “pigeon blood” (sangue de pombo), foi vendido em 2015 por impressionantes 30,3 milhões de dólares.
A lapidação do rubi varia conforme a qualidade da pedra. As gemas que apresentam asterismo um efeito óptico que cria faixas de luz na superfície — são geralmente lapidadas no formato cabochão. Já os rubis de qualidade superior são lapidados de maneira facetada, muitas vezes no formato oval, para maximizar sua beleza e brilho.
O rubi continua sendo uma das gemas mais desejadas, valorizada tanto por
sua cor impressionante quanto por sua resistência. Sua relevância no mundo das joias e em diversas aplicações tecnológicas reforça seu status como uma das pedras mais valiosas e procuradas globalmente.
Referências:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Coríndon: Mineralogia e
Aplicações
Coríndon no Brasil – ocorrências, mineralogia, química e gênese/Antonio Liccardo.
Ouro Preto: UFOP, 2003.
