Volcano – A fúria (1997)

O filme “Volcano – A Fúria” (1997), dirigido por Mick Jackson e estrelado por Tommy Lee Jones e Anne Heche, apresenta uma abordagem dramática e fictícia sobre um vulcão que entra em erupção no centro de Los Angeles.
Embora o filme seja uma obra de ficção e tome muitas liberdades criativas, ele aborda alguns aspectos geológicos de forma que pode ser interessante para discutir.

Aqui estão os principais aspectos geológicos apresentados no filme:

1. Tipo de Vulcão

Vulcão de Subducção (Imaginário): No filme, o vulcão surge no meio de uma cidade, o que é geologicamente improvável, especialmente em uma região como Los Angeles, que não está situada em uma zona de subducção ativa. A erupção é retratada como se um vulcão de subducção tivesse se formado de maneira incomum no meio da cidade, o que não reflete a realidade geológica da área.

2. Magma e Lava

Magma e Lava: O filme mostra o magma como um líquido altamente viscoso e quente que se transforma em lava quando atinge a superfície. Na vida real, o magma é uma mistura de rochas fundidas e gases que se torna lava ao extravasar. O filme retrata a lava com um comportamento dramático e destrutivo, que é exagerado para efeito visual, mas ainda é baseado na ideia correta de que lava pode causar danos extensos.

3. Fluxos Piroclásticos e Cinzas

Fluxos Piroclásticos: O filme apresenta fluxos piroclásticos e nuvens de cinzas que se movem rapidamente e causam destruição. Embora as representações sejam exageradas, elas se baseiam em eventos reais onde fluxos piroclásticos, compostos de gases quentes e partículas vulcânicas, podem ser extremamente perigosos e mortais.

Cenários de Cinzas: A dispersão de cinzas vulcânicas é mostrada em várias cenas, mostrando como as cinzas podem se acumular e afetar a visibilidade e a saúde das pessoas. As cinzas vulcânicas são uma característica real de muitas erupções e podem causar grandes problemas para áreas ao redor.

4. Terremotos Vulcânicos

Atividade Sísmica: O filme apresenta uma série de tremores de terra associados à atividade vulcânica. Em cenários reais, a atividade vulcânica muitas vezes é precedida ou acompanhada por terremotos, devido ao movimento de magma subterrâneo e mudanças na crosta terrestre. O filme, no entanto, exagera a intensidade e a frequência desses terremotos para efeito dramático.

5. Causas da Erupção

Deslocamento da Crosta: O filme sugere que a erupção pode ter sido desencadeada por uma série de eventos geológicos, incluindo o deslocamento da crosta terrestre e falhas geológicas. Na vida real, erupções vulcânicas são geralmente causadas pelo acúmulo de pressão do magma em uma câmara vulcânica, e a localização de Los Angeles não é típica para esse tipo de atividade.

6. Intervenções Humanas

Tentativas de Contenção: O filme inclui várias tentativas dramáticas de conter o fluxo de lava e proteger a cidade, como a construção de barreiras e o uso de água para resfriar a lava. Embora esses métodos sejam uma parte importante do enredo, na prática, a contenção de lava é extremamente difícil e muitas vezes não é viável.

7. Impactos Ambientais

Destruição e Impacto: O filme exagera o impacto ambiental da erupção, mostrando a destruição em larga escala de Los Angeles. Na realidade, enquanto as erupções vulcânicas podem ter impactos devastadores, uma erupção em uma área densamente povoada como Los Angeles seria sem precedentes e a magnitude do dano retratado no filme é amplificada para o drama.

Em suma, “Volcano – A Fúria” usa a temática vulcânica como um dispositivo de enredo emocionante, mas muitas das representações são dramatizadas para criar uma narrativa visualmente impactante. A maioria das características geológicas apresentadas no filme não refletem com precisão a geologia real, especialmente em relação ao contexto específico de Los Angeles.