As formações ferríferas bandadas são conhecidas mundialmente como BIFs, uma abreviação para “Banded Iron Formations”.
São compostas por camadas alternadas de minerais ricos em ferro, como hematita e magnetita. Também são acompanhadas por camadas ricas em sílica.
Por sua alta concentração de ferro, os BIFs são uma das fontes mais importantes de minério de ferro existentes.
Além do ferro, estas rochas são acompanhadas de ocorrências de outros recursos minerais valiosos, como cobre e ouro.
Sobre a origem desta rocha, a teoria mais aceita é a de que são rochas de origem sedimentar.
Mas, como seria possível haver sedimentação de Ferro?
Estas rochas são encontradas em terrenos pré-cambrianos (antes de 540 milhões de anos atrás).
Os BIFs teriam sido formados em épocas onde houve um aumento significativo do oxigênio na atmosfera da Terra, provavelmente pela ação de cianobactérias.
Isso tornou a superfície da Terra rica neste elemento, e, por isso, parte do ferro dissolvido na água do mar foi oxidado e transformado em minerais ricos em ferro.
Estes óxidos foram cristalizados em camadas, intercaladas por sedimentos de minerais de sílica.
No Brasil, encontramos BIFs na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Esta é uma das maiores regiões produtoras de minério de ferro do mundo, e é responsável por uma parte significativa das exportações de minério de ferro nacionais.
Aqui, temos a ocorrência da rocha itabirito, mundialmente conhecida por ser um minério de ferro altamente concentrado.
Na região do Quadrilátero Ferrífero, o símbolo mais conhecido é um cume de rocha ferrífera, onde no entorno se desenvolveu a Mina do Pico, mas outras paisagens incríveis são encontradas na região, como, por exemplo, cachoeiras que cortam a formação ferrífera bandada.