Os carbonatos podem ser formados por organismos marinhos que secretam carbonato de cálcio para formação de conchas e outras estruturas biogênicas (origem biogênica).
Já corais arenosos são formados por precipitação inorgânica de carbonato dissolvido na água, formando cimento entre os grãos de areia (origem inorgânica).
Entender o processo de geração do carbonato é importante para entender a história geológica da área, e para mapear outros tipos de rochas que podem estar associadas.
Os tipos de organismos que compõem estruturas carbonáticas são muito variados.
Além da riqueza de informações da parte biológica, no caso de formações ricas em fósseis, muitos destes organismos são adaptados para sobreviver em determinados ambientes sensíveis às mudanças climáticas.
Por exemplo, recifes de corais são típicos de águas quentes, indicando regiões tropicais a sub-tropicais.
Então, se encontramos rochas formadas por construções de recifes carbonáticos, temos um indicador de condições climáticas, e de águas rasas, pois seus organismos construtores realizam fotossíntese.
Outro exemplo de indicadores de condições do ambiente de formação são calcários estromatolíticos e oncolíticos. Ambos são formados por precipitação de carbonato de cálcio por películas de microorganismos, em regiões rasas.
No entanto, o primeiro, formado por estromatólitos, indica uma região de menor energia da água. Já os oncolíticos (formados por oncólitos) são considerados como uma “variedade móvel” dos estromatólitos, formados então em ambientes com energia mais elevada da água (regiões de praia, por exemplo).
Imaginando a posição geográfica destas rochas em uma região costeira e o clima, por exemplo, podemos sugerir quais rochas podem ser encontradas ao lado destas, formadas no mesmo período de tempo, em direção ao continente e em direção ao mar.
Na exploração de recursos naturais em bacias sedimentares, estas informações são essenciais para conhecer a geologia de sub-superfície.