Com o aumento do investimento na exploração espacial das últimas décadas, e grandes avanços tecnológicos na produção de foguetes e sondas, a mineração de asteroides está deixando de ser ficção e começando a entrar nos planos futuros da humanidade.
Mas gastar tanto para minerar asteroides vale a pena?
Os asteroides podem conter muitos materiais valiosos para a humanidade. Como o exemplo, o asteroide 16-Psyche, com 226 km e provável composição de ferro e níquel, possui valores estimados na casa dos trilhões a quatrilhões de dólares em metais.
Em 2017, a NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) sinalizou que tem intenção de visitar o asteroide em breve, em parceria com a SpaceX de Ellon Musk.
Mas há um outro recurso muito valioso no espaço: a água. Com a água, é possível produzir combustível, por exemplo.
Por isso, este deve ser o primeiro recurso valioso a ser explorado, para ser usado no espaço.
Sustentabilidade
A extração de recursos em asteroides promete gerar muito menos impactos ambientais, em comparação com a indústria da mineração atual.
Por exemplo, estima-se que, para extrair 1 kg de Platina de um asteroide, são liberados 150 kg de CO2. A mesma quantidade pelos meios convencionais libera 40,000 kg de CO2 na Terra.
Questões econômicas
Ainda não há métodos economicamente viáveis de extrair o material dos asteroides.
Um problema real é o investimento, pois os investidores não têm interesse em projetos caros e que levam décadas para dar retorno financeiro.
Ainda assim, sejam por uns poucos bilionários ou o governo de alguns países, está havendo um pesado investimento na exploração espacial.
Por isso, o que é impossível hoje, pode não ser amanhã.
Olhe para o seu celular, e pense: há quanto tempo ele existe?
O primeiro smartphone, ainda com bem poucos recursos, foi feito há 22 anos. Imagine o que poderá ser a exploração espacial daqui há duas décadas, por exemplo.
Um outro aspecto é o mercado.
A extração de metais de asteroides também cria um problema econômico, pois, se houver muito material no mercado, o preço irá cair.
Com isso, há perda de investidores.
Mas uma esperança de bons resultados pode vir do fato de que, com maior disponibilidade de certos metais, o padrão de consumo também mudará. Além disso, os ganhos na parte ambiental são muito expressivos, e este pode ser um fator de muito valor no futuro, o que compensaria o investimento na extração espacial.
Vale lembrar que há um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, onde está o 16 Psyche, e a humanidade está em processo de criar instalações permanentes em Marte.
Ou seja, estamos no caminho de ficar mais próximos destes recursos do futuro.