O faraó Tutancâmon (1346-1327 a.C), também conhecido como “Rei menino” ou Rei Tut, governou o Egito dos 9 aos 19 anos.
A tumba do Rei Tut foi uma das maiores descobertas arqueológicas da humanidade, ocorrida em 1922, revelando muitas das maravilhas da civilização egípcia antiga.
Deste tesouro, a peça mais conhecida no mundo é a máscara de ouro e pedras que recobria a cabeça da múmia de Tut.
A máscara é feita de 10 kg de ouro e adornada com minerais e outros materiais coloridos.
Todos os objetos dos faraós deveriam ter ouro, já que era a representação da divindade atribuída a eles.
Os olhos da máscara são impressionantes, e seu realismo é conseguido pelos minerais obsidiana, que compõem a parte central dos olhos, e quartzo branco circundante.
O contorno dos olhos é feito com lápis-lazúli.
Abaixo da cabeça, há um grande colar que alterna diversos tipos de minerais: turquesa (azul claro), lápis-lazúli (azul escuro), cornalina (vermelho), feldspato esverdeado (amazonita).
Nas extremidades do colar há cabeças de falcão de ouro incrustado com obsidiana, e cerâmica colorida.
Grande parte do material azul da máscara é faiança.
No Egito antigo, a faiança (“tjehnet”) era um tipo de cerâmica vidrada, feita de quartzo ou areia que passaram pelo aquecimento em forno. Seu aspecto brilhante era associado à vida, à reencarnação e à imortalidade.
Foi aplicada para compor os raios da nemes (adorno de cabeça egípcio) e na barba falsa da máscara, por exemplo.
A faiança, junto com quartzo e turqueza, também compõe partes da serpente e do abutre no topo da cabeça do rei, que simbolizam o Alto e Baixo Egito.