Depósitos tipo Skarn

Os depósitos escarníticos têm formas complexas, dependentes da reatividade dos fluidos, da porosidade e da permeabilidade secundária das rochas carbonáticas associadas ao depósito e da distância entre o pluton intrusivo e o local de formação do minério. Suas formas geralmente são adaptadas ao contato entre o granito e as rochas carbonáticas encaixantes.

Os depósitos tipo skarn são frequentemente encontrados em associação com intrusões ígneas. Eles ocorrem em áreas de contato entre rochas ígneas e carbonaticas, onde as condições térmicas e químicas são adequadas para a formação de minerais de skarn.

Estágios de formação

Estágio I
Progressivo : Metamorfismo de contato isoquímico,onde acontece a zonação mineral metamórfica em unidades de dolomita e calcita. Não existe uma mineralização associada a esse estágio.

Estágio II
Progressivo: Metassomatismo e substituição. Neste estágio as assembleias minerais metassomáticas tendem a ser semelhantes as que foram formadas durante o metamorfismo de contato; porém são mais pervasivas, e tem uma granulação mais grossa substituem também as assembléias formadas precocemente; nesse estágio a Magnetita e schelita são precipitados tardiamente durante e os sulfetos são ausentes.

Estágio III
Retrógrado: No Influxo de fluidos meteóricos e precipitação de metais, as assembléias de alteração retrógrada se superpõem às assembléias formadas anteriormente

durante os estágios metamórfico e metassomático.

Os minérios como a pirita-calcopirita-magnetita se  caracterizam contexto deposicional proximal; enquanto, Bornita e esfalerita-galena são tipicamente distais. Neste tipo de depósito acontece alteração silicática e alterações hidrotermais.

Em síntese, os depósitos tipo skarn são complexos e formam-se em áreas de contato entre rochas ígneas e carbonáticas. O processo de formação passa por três estágios: metamorfismo de contato, metassomatismo e substituição, e estágio retrógrado. A mineralização varia de proximal a distal, acompanhada de alterações silicáticas e hidrotermais. Compreender esses estágios é crucial para explorar o potencial econômico desses depósitos.

Biondi, João Carlos. Processos metalogenéticos e os depósitos minerais brasileiros. São Paulo : Oficina de Textos, 2003.

Guilbert, J.M. and Park, C. F. (1986) The Geology of Ore Deposits. W. H. Freeman and Company, New York.

Metalogênese das províncias tectônicas brasileiras /Organizadores Maria da Glória da Silva, Manoel Barretto
da Rocha Neto, Hardy Jost [e] Raul Minas Kuyumjian… – Belo Horizonte: CPRM, 2014.