Existe previsibilidade na Geologia?

Durante os últimos anos, o foco da pesquisa de deslizamento de terra foi além das investigações de processos e avaliação de estabilidade para a análise de consequências.
A avaliação integrada de ambos os perigos está se tornando aceita como prática na gestão da redução de riscos.

Varnes foi um dos primeiros defensores dessa abordagem para pesquisa de deslizamentos de terra e prática de engenharia.
Assim, no uso comum, o termo “perigo” tem dois significados diferentes: primeiro, o processo ou atividade física que é potencialmente prejudicial; e segundo, o estado ou condição ameaçadora, indicada pela probabilidade de ocorrência.

As consequências da ocorrência de perigos podem ser grandes ou pequenas, diretas ou indiretas; este último ligado ao primeiro impacto social, econômico ou ambiental.
O importante conceito de “risco” pode, assim, ser visto como tendo dois componentes: a probabilidade de algo adverso acontecer e as consequências se acontecer.

O nível de risco, então, é a combinação da probabilidade de algo adverso ocorrer e as consequências. O nível de risco, portanto, resulta da interseção do perigo com o valor dos elementos em risco por meio de sua vulnerabilidade.

A construção de edifícios e o desenvolvimento de cidades em terrenos íngremes têm sido problemáticos ao longo dos anos.
O impacto no ambiente pode ser severo devido à perturbação das encostas frágeis, particularmente quando prevalecem condições de solos pobres.

Os deslizamentos de lama são um risco com perda apreciável de vidas e altos custos, e em áreas propensas a terremotos o potencial para desastres aumenta.
A Expansão da Urbanização é facilitada pelo baixo custo do terreno em declive, e permite um meio contínuo de crescimento em terrenos de declive acentuado.
Este tipo de terreno pode ser apropriado para edifícios de vários andares, formas de alta densidade e oferece a oportunidade de construir uma composição urbana adaptada.

O debate sobre o uso das encostas é justificado pela topografia do terreno.
A falta de novas áreas para urbanização sugere a utilização de uma abordagem inovadora em relação ao Meio Ambiente.

O desafio é antecipar as demandas futuras de crescimento urbano por meio de um desenvolvimento sustentável que leve em conta o planejamento.
A densidade é uma das dimensões mais utilizadas para avaliar a expansão urbana.
Essa afirmação pode ser consultada na literatura especializada e popular, mostrando que o sprawl se tornou uma metáfora para um modelo de expansão urbana suburbana.

Sprawl nada mais é que a expansão urbana, como por exemplo casas e empreendimentos, em terrenos não urbanizados próximos a cidade.
O crescimento e expansão urbana e os riscos ambientais são como outras aglomerações urbanas em regiões do mundo.
Esse crescimento urbano demanda novas terras, gera riscos urbanos, requerendo uma nova abordagem no futuro planejamento urbano para satisfazer a problemática do desenvolvimento urbano sustentável.

Para aprimorar o desenho da composição urbana, é necessário propor uma metodologia que leve em conta a estabilidade do terreno inclinado.