Conflitos entre riscos naturais e atividades de desenvolvimento sempre existirão e devem ser avaliados como sendo o confronto entre eventos naturais perigosos e a atividade humana.
Os chamados “desastres naturais” ocorrem porque não prestamos atenção suficiente aos fenômenos naturais perigosos. Isso acaba minimizando o significado de “desastre natural”, ou seja, quando ocorre uma catástrofe toda culpa é direcionada à natureza quando, na verdade, a culpa é de quem decidiu que os projetos fossem implementados em circunstâncias que ponham em risco os próprios objetivos para os quais as atividades de desenvolvimento foram concebidas encontrar.
A ênfase do processo de planejamento integrado do desenvolvimento está no desenvolvimento de: recursos naturais, energia, infraestrutura, agricultura, indústria, assentamentos humanos e serviços sociais.
Ele enfatiza a coleta e avaliação de informações sobre riscos naturais para redução de seu impacto adverso sobre esse desenvolvimento.
Acredita-se que se os perigos forem avaliados e as técnicas de redução apropriadas forem incorporadas em cada etapa do processo de planejamento integrado do desenvolvimento, os desastres sociais e econômicos causados por desastres naturais podem ser evitados ou substancialmente reduzidos.
Igualmente importante é a atitude dos cientistas, planejadores, engenheiros e tomadores de decisão nacionais, regionais e comunitários envolvidos na coleta e avaliação de informações sobre perigos para novos empreendimentos.
Muitos deles são peças-chaves com responsabilidades pelo desenvolvimento existente.
O uso de informações de perigo para novos empreendimentos será aprimorado pelo interesse em usar as informações para cumprir suas responsabilidades de sustentar o desenvolvimento existente.
Assim, os mapas de perigos múltiplos são ferramentas importantes no processo de planejamento de desenvolvimento integrado. Quando combinados com o mapa de instalações eles se tornam um produto imprescindível na localização e financiamento de novos empreendimentos.
A falha em considerar todos os perigos naturais no processo de planejamento de desenvolvimento e em prever sua redução resultará eventualmente na perda de vidas, lesões corporais, danos materiais, falhas críticas em instalações e interrupção de importantes atividades econômicas.
Dependendo do tamanho do evento, sua localização e seus efeitos, o impacto real do perigo pode ser catastrófico e desastroso.
Por fim, a credibilidade, precisão e conteúdo de um mapa de perigos múltiplos não são maiores do que as informações de risco individuais das quais o mapa foi compilado.
Quaisquer limitações são meramente transferidas das informações de perigo individuais para o mapa de risco múltiplo.
Esse tipo de percepção é fundamental para que qualquer ferramenta de previsão ou mitigação de perigos e riscos sejam efetivas.