Imagine um elemento essencial para a fabricação de brocas de perfuração usadas nas indústrias de mineração, petróleo e construção civil.
Um metal que também confere durabilidade às joias, brilho constante às lâmpadas incandescentes e fluidez às canetas esferográficas que usamos diariamente.
Este é o tungstênio (W), um elemento indispensável no nosso dia a dia. Com número atômico 74 e localizado no grupo 6 da Tabela Periódica, o tungstênio é um metal de coloração cinza metálica.
Mas o que realmente o destaca é a sua notável dureza e a impressionante temperatura de fusão, a segunda mais alta entre todos os elementos, perdendo apenas para o carbono.
ORIGEM DO TUNGSTÊNIO
O tungstênio é encontrado principalmente em minerais raros chamados tungstatos. Entre esses minerais, a wolframita e a scheelita são os mais conhecidos.
No entanto, esses minerais são relativamente escassos, tornando o tungstênio um elemento de origem não tão abundante.
As maiores reservas do mundo estão localizadas na China, que também é a maior produtora global.
No Brasil, importantes jazidas estão espalhadas por estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará, Rondônia e São Paulo, com destaque para a região do Seridó, onde se encontram os principais depósitos de scheelita.
A EVOLUÇÃO DO USO COMERCIAL DO TUNGSTÊNIO
O tungstênio teve sua estreia no mundo comercial no século XIX, quando era usado como um aditivo para endurecer o aço.
No entanto, seu verdadeiro avanço aconteceu no século XX, quando sua versatilidade foi plenamente reconhecida. Devido à sua extrema dureza, o tungstênio é um componente indispensável em brocas de perfuração, desempenhando um papel crucial nas indústrias de mineração, petróleo e construção civil.
Além disso, sua resistência a riscos e arranhões, juntamente com seu brilho duradouro (com densidade comparável à do ouro), o tornam um material ideal para a fabricação de joias hipoalergênicas.
Surpreendentemente, o tungstênio também desempenha um papel oculto em dois produtos comuns em nossas vidas: lâmpadas incandescentes e canetas esferográficas. No caso das lâmpadas, o tungstênio é usado para filamentos que, quando aquecidos, emitem uma luz brilhante. Já nas canetas esferográficas, a esfera que desliza sobre o papel deve ter alta dureza e densidade, características que o tungstênio proporciona.
O tungstênio é verdadeiramente um metal de múltiplas facetas. Sua notável dureza e resistência térmica o tornam um aliado indispensável em indústrias essenciais, enquanto sua elegância e brilho o elevam ao status de joias requintadas.
Além disso, sua presença discreta em itens cotidianos, como lâmpadas e canetas, destaca sua importância na vida moderna. Portanto, da próxima vez que você usar uma caneta esferográfica para escrever ou desfrutar da luz de uma lâmpada incandescente, lembre-se do tungstênio – o metal que ilumina e perfura o nosso mundo de maneiras que nem sempre percebemos, mas que são verdadeiramente extraordinárias.