Olivina para os geólogos e peridoto para os joalheiros, este silicato de Ferro e Magnésio é reconhecido por um brilho vítreo e pela sua cor mais comum, o verde-oliva, dada pelo elemento Ferro em sua composição.
Apesar da cor ser caracterísitica, suas tonalidades podem variar de verde intenso a verde amarelado. Além disso, como minerais gemológicos verdes não são raros, a olivina na forma de gema pode ser confundida com outros minerais, como esmeralda, crisoberilo, e até turmalina.
A palavra “peridoto” pode ter origem no árabe (faridat), que significa simplesmente “gema”. A jazida mais importante de olivina para gemas está no Mar Vermelho, na ilha Zeibirget, e sua exploração já tem cerca de 3500 anos. A maior gema deste mineral foi encontrada neste local, e está no Museu Smithsonian, e tem 310 quilates.
Os egípcios a chamavam esta gema de “jóia do sol”. E, como ela pode ser confundida com outras pedras preciosas verdes, alguns historiadores especulam que uma famosa coleção de esmeraldas que pertenceu à rainha Cleópatra pode ter sido, na verdade, uma coleção de olivinas.
A olivina gemológica também foi muito usada na idade média em rituais religiosos, e foi a pedra preciosa mais popular no período Barroco.
A variedade gemológica da olivina, com uma aparência muito delicada após a lapidação, guarda uma história de ambientes extremos, intrigantes, muito investigados e ainda hoje pouco compreendidos.
Isto porque a olivina é formada no interior de planetas e corpos rochosos, e é encontrada em rochas que foram exumadas do manto ou trazidas por processos vulcânicos. Estas rochas originadas no manto são chamadas de “peridotitos”, justamente pela abundância característica de peridoto.
Uma curiosidade sobre esta gema é que ela pode ter origem também em meteoritos. Em alguns casos menos comuns, os cristais extraterrestres de olivina são grandes o suficiente para serem lapidados.
Em 2005, o mineral foi encontrado na poeira de um cometa, obtida pela sonda espacial robótica Stardust.