6 coisas que você não sabe sobre o núcleo interno da Terra

O nosso planeta possui diferentes camadas, desenvolvidas em tempos remotos da formação da Terra, e que refletem uma distribuição de densidade, maior para menor, de dentro para fora.

Ou seja, o que é mais pesado, está nas camadas mais internas (núcleo).


O núcleo da Terra é dividido em núcleo externo e interno.

Pela distribuição da densidade e de outras propriedades físicas no planeta, estudos de meteoritos e estudos de ondas sísmicas, é bastante provável que o núcleo seja formado por uma liga de ferro e níquel, e mais outros compostos em menor quantidade, e que tenha um núcleo externo líquido e um núcleo interno sólido.

A camada mais interna do planeta é, então, o núcleo interno.

E esta zona possui propriedades curiosas e intrigantes, desconhecidas da maior parte das pessoas, até mesmo de muitos geocientistas.

Vamos conhecer?


O núcleo interno parece ser mais novo que as outras camadas da Terra.


Algumas pesquisas apontam para uma formação do núcleo interno tardia, em torno de meio bilhão de anos atrás, enquanto a Terra possui cerca de 4,6 bilhões de anos ao todo.

É muito provável que a tectônica global, com processos de subducção de litosferas oceânicas por exemplo, seja mais velha do que isso.


Ele gira de forma independente das outras camadas.


O fato do núcleo interno estar envolto em material em estado líquido, permite que ele gire em um padrão próprio.

Recentemente, um trabalho científico mostrou que o núcleo interno desacelerou.

As medidas indicam que o núcleo possa ter ciclos de giro horário e anti-horário, talvez de cerca de 70 anos (Yang e Song, 2023).


É extremamente quente!


Você sabe a temperatura do núcleo interno?

Cerca de 3.000 a 5.000 Kelvins.

Este calor deve ter uma grande contribuição de fontes radioativas (decaimento radioativo), mas podem haver outras causas.

Possui dimensões comparáveis com a Lua.

O núcleo interno da Terra possui dimensões de cerca de 2440 km de diâmetro, enquanto a Lua mede cerca de 3475 km.

Os tamanhos não são os mesmos, mas são comparáveis, sendo que o núcleo é aproximadamente 30% menor.

Deve haver muito menos níquel do que ferro.

Pode ser que haja cerca de 4 a 8% de níquel no núcleo interno.

A quantidade é indicada por modelos do núcleo que reproduzem o comportamento de ondas sísmicas que passam por esta camada (Frost et al., 2021).

Esta composição está de acordo com a composição de alguns meteoritos com origem semelhante.


Ele é “torto”


Isso mesmo, o núcleo tende a ser esférico, mas parece crescer mais rápido de um lado do que do outro (Frost et al., 2021).

A diferença pode ser entorno de 60%, com o lado maior no lado leste.