A inovação como motor das políticas de sustentabilidade


E quando a gente escuta que vamos precisar estar dispostos a mudar a nossa forma de consumir a forma como nos locomovemos, como nos vestimos ou até mesmo a forma como nos alimentamos, não sentimos um certo calafrio?
Um certo medo?
Esse medo, que era um desafio que as principais lideranças climáticas enxergavam como essencial para poder alcançar as metas de clima em 2030, hoje já está superado.

A mineração vem apresentando alternativas cada vez mais inovadoras à sua forma de produção.
Soluções criativas, ousadas e muito inteligentes têm produzido resultados incríveis, seja na segurança dos seus funcionários, seja na reativação de minas que já estavam paradas por anos, ou até mesmo na forma como as empresas estão interagindo com as comunidades no seu entorno.

Enxergando na tecnologia uma forma de impulsionar a sua forma de negócio, a Vale tem investido em um Centro de Inteligência Artificial (AI Center).

A empresa que busca investir em processos mais seguros, encontrou na ciência computacional um grande aliado.

São diversos resultados voltados para equipamentos autônomos que visam a redução da exposição de pessoas em locais de risco através da operação remota de caminhões fora-de-estrada, perfuratrizes e máquinas de pátio, além de uma capacitação cada vez mais interativa com o uso intenso de realidade virtual.

O método de interação com as comunidades também mudou.
Sem observar a vocação de cada localidade, a empresa buscava apenas investir em formação de mão de obra local acreditando ser a melhor a única forma de integração com a comunidade ao seu redor. Hoje, empresas como a Anglo American mudaram o foco, e antes de se estabelecer, buscam entender a necessidade de cada cidade e assim geram projetos como a ação de apoio aos produtores de queijo do Serro, que profissionalizou a cadeia produtiva e conseguiu gerar um crescimento deste segmento em 32% beneficiando a cidade, moradores e a economia local.

Ou a Largo que atuando no interior da Bahia buscou participar ativamente da capacitação de escolas locais de ensino médio com atuação intensa no período da pandemia em uma aproximação que gerou muita simpatia da população de maracá com a mineradora.
A Largo criou um programa de desenvolvimento da atividade de corte e costura para as mulheres da cidade, o que proporcionou um aumento de 22% na renda dos participantes deste curso que passaram a fornecer uniformes para a Largo e também para outras empresas da cidade e região. Uma nova forma de interagir com a comunidade que é mais eficiente e mais respeitosa.

Por fim, esse artigo não pode deixar de apresentar o caso emblemático da Equinox Gold. Em 2022 a mineradora de ouro iniciou uma nova forma de tecnologia de lixiviação de ouro na unidade de Santa Cruz na Bahia.
Para se entender o tamanho do desafio, a unidade de Santa Cruz foi implantada pela Yamana Gold em 2013, mas devido ao baixo processo de recuperação de ouro ela foi paralisada em 2014.
De 2014 a 2020, a unidade ficou parada para a busca do entendimento do problema e busca de nova forma de recuperação.
O método Resina em Lixiviação (RIL) foi adotado, e hoje a mina opera com uma taxa de recuperação de 98% do ouro e voltando a viabilizar a operação na cidade baiana. O método é inédito no Brasil e é fruto de um trabalho intenso focado em uma iniciativa inovadora.

Iniciativas cada vez mais criativas estão revolucionando a indústria mineral em um processo integrado com o clima e a sociedade. As atividades estão ficando mais inteligentes, seguras e proporcionando um crescimento orgânico das comunidades em seu entorno.
A inovação é o motor que está induzindo este processo e conduzindo a indústria para a sua transformação.