A mineração desempenha um papel essencial na construção civil, fornecendo materiais que compõem a infraestrutura das cidades e das atividades econômicas. Além dos agregados tradicionais, as rochas ornamentais se destacam como produtos, impulsionando a economia e projetando a imagem do país no mercado internacional.
Os agregados (areia, brita e cascalho) são fundamentais para a infraestrutura urbana e rural.
Segundo o Plano Decenal de Recursos Minerais (PlanGeo 2025–2034) do Serviço Geológico do Brasil, será necessário ampliar os estudos e a produção desses materiais, especialmente em regiões metropolitanas de alta demanda. Essa expansão é motivada por investimentos em infraestrutura, crescimento populacional e urbanização.
O setor de rochas ornamentais brasileiro mantém trajetória ascendente, com destaque para o Espírito Santo, responsável por cerca de 80% das exportações nacionais.
Em 2024, as exportações brasileiras alcançaram US$ 1,26 bilhão, um aumento de 12,7% em relação a 2023. Os principais destinos são os Estados Unidos (60%), China e Itália. A qualidade, a diversidade e os investimentos em inovação impulsionam essa demanda.
A indústria cerâmica, especialmente no segmento de revestimentos, posiciona o Brasil como o terceiro maior produtor mundial. Em 2020, a produção atingiu 920 milhões de m², com o mercado interno absorvendo 533,7 milhões de m².
A produção se concentra em polos industriais como o de Santa Gertrudes (SP), refletindo o potencial do setor para crescimento sustentável.
As perspectivas para os minerais da construção civil são positivas, com crescimento sustentado por urbanização, infraestrutura e valorização de materiais de qualidade e sustentabilidade. Estados como Minas Gerais e Bahia, com políticas de incentivo e investimentos em beneficiamento, podem aumentar a produção e exportação nacional, agregando valor e gerando empregos qualificados.
