Os poços artesianos são uma técnica de extração de água subterrânea que envolve perfurar a terra até atingir um aquífero confinado, ou seja, uma camada de rocha ou sedimento que contém água sob pressão. Esse tipo de poço é chamado de “artesiano” porque, uma vez perfurado, a pressão natural do aquífero pode fazer com que a água suba espontaneamente pela perfuração, às vezes até a superfície, sem a necessidade de bombeamento.
O termo correto para os poços frequentemente chamados de artesianos é poço tubular. Vale lembrar que nem todos os poços tubulares são artesianos e, mesmo nos poços artesianos, a água nem sempre jorra para fora.
A construção de um poço requer um estudo geológico detalhado para localizar um aquífero confinado adequado. A perfuração é realizada utilizando equipamentos especializados que podem atingir profundidades significativas, dependendo da localização do aquífero. Uma vez atingido o aquífero, a pressão interna, resultante do peso das camadas superiores de rocha ou sedimento, empurra a água para cima. Em alguns casos, essa pressão é suficiente para que a água flua livremente; em outros, pode ser necessário o uso de bombas para extração.
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Os poços mais antigos, que não eram tubulares, mas sim manuais, datam de mais de 5 mil anos antes de Cristo, em civilizações antigas na China. Focando, novamente, nos poços tubulares e profundos, no Brasil, os primeiros desse tipo foram perfurados a pedido de D. Pedro II para a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional, conforme relatam Gonçalves e Giampá da DF Perfurações.
Portanto, ao explorar a história e a tecnologia dos poços, é interessante notar como essas estruturas evoluíram ao longo dos séculos, desde os métodos manuais das civilizações antigas até as perfurações sofisticadas que conhecemos hoje. Cada poço, seja artesanal ou tubular, carrega consigo um pedaço da história da humanidade e sua busca incessante por recursos hídricos.