Os metais do grupo da platina (MGP), grupo formado pelos elementos platina (Pt), paládio (Pd), ródio (Rd), rutênio (Rh), irídio (Ir) e ósmio (Os), são conhecidos por sua raridade e propriedades únicas. Esses elementos compartilham propriedades físicas e químicas semelhantes, tornando-os membros de uma família única na tabela periódica. Sua raridade na crosta terrestre, combinada com suas características excepcionais, confere a esses metais um valor extraordinário.
Descoberta e História
A história da descoberta dos metais do grupo da platina remonta ao século XVIII, quando o explorador espanhol Antonio de Ulloa identificou platina em depósitos colombianos. No entanto, apenas no início do século XIX, após uma análise mais aprofundada, os cientistas conseguiram isolar e caracterizar esses elementos. A primeira aplicação prática significativa desses metais foi a utilização da platina em joalheria e, posteriormente, como catalisador em processos químicos.
Mineração dos Metais do Grupo da Platina
A mineração dos metais do grupo da platina é uma tarefa desafiadora devido à sua ocorrência em depósitos complexos e muitas vezes associados a outros minerais. Os principais depósitos de PGM estão concentrados em regiões como a África do Sul, Rússia, Zimbábue e Canadá. A extração envolve técnicas avançadas, incluindo a mineração subterrânea e a recuperação de metais a partir de concentrados provenientes de minérios primários.
Aplicações e Importância Econômica
A crescente demanda por tecnologias verdes, como veículos elétricos e células de combustível, está impulsionando ainda mais a importância econômica dos metais do grupo da platina, já que desempenham um papel vital nessas inovações. Confira abaixo os metais do grupo da platina e suas principais aplicações:
Platina nativa ocorre na natureza geralmente associada ao ferro, irídio, paládio e níquel. É encontrada principalmente em depósitos de sulfetos de níquel e cobre e pode ser utilizada nos conversores catalíticos e eletrodos. mas também é um componente crucial em células de combustível.
Paládio é extraído dos minerais de platina. É usado como catalisador, em instrumentos cirúrgicos e odontológicos cirúrgicos.
Ródio possui alta resistência e dureza se comparado ao ouro e a prata. Este metal em sua versão mais pura apresenta uma cor igual a da prata e a da platina. É usado em catalisadores de veículos para diminuir a poluição e para evitar a corrosão de peças e em ligas metálicas onde dá uma rigidez ao ouro e a prata.
Rutênio é pouco abundante na crosta terrestre, porém por conta de sua baixa reatividade, pode ser encontrado em sua forma pura. Obtido comercialmente como subproduto da mineração de níquel, é usado na indústria metalúrgica e melhora a capacidade anticorrosiva de algumas ligas.
Irídio é bastante conhecido por sua grande resistência à corrosão e pouca presença na crosta terrestre. Devido ao seu alto ponto de fusão e sua boa resistência à corrosão ele se torna um importante agente na fabricação de ligas e componentes de motores de aeronaves.
Ósmio é o elemento estável mais raro da crosta terrestre, com isso, tanto a sua produção quanto o seus usos são bem limitados. O ósmio pode ser utilizado para melhorar as ligas metálicas, como catalisador e como contraste em microscópios, na detecção de digitais.
A jornada pelos metais do grupo da platina nos conduz a uma compreensão profunda de sua raridade, história fascinante e aplicações vitais.
Esses elementos, unidos por propriedades singulares, não apenas desempenham um papel essencial em indústrias cruciais, como também são fundamentais para as inovações tecnológicas que moldam o nosso futuro.
No entanto, a escassez desses metais na Terra é contrabalançada por sua abundância surpreendente nos asteroides que vagam pelo espaço. Estudos indicam que esses corpos celestes contêm depósitos substanciais de platina.
A intrigante perspectiva de encontrar depósitos substanciais desses metais em asteroides destaca a contínua exploração além das fronteiras terrestres.