De acordo com a ONU, a população mundial atingiu 7,3 bilhões em meados de 2015. Isso implica que a população mundial aumentou cerca de cinco vezes desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a população mundial projetada deve variar, com intervalos de confiança de 95%, entre 8,4 e 8,6 bilhões em 2030 e entre 9,5 e 13,3 bilhões em 2100.
O enorme aumento no número de habitantes, hoje em torno de 7,8 bilhões, necessita, a aceleração de projetos de infraestrutura acima de tudo.
Nesse sentido, a busca e escolha de locais não desenvolvidos e que foram anteriormente considerados problemáticos (por exemplo, áreas com argilas moles, alta sismicidade, rochas brandas), podem ser uma boa opção.
Além disso, os países desenvolvidos construíram, e continuam a construir, verdadeiras mega construções.
Essas nações investem em outros projetos que subsidiam essa necessidade, como por exemplo, a implantação de túneis muito profundos.
As enormes construções emergentes nos fazem chegar nos limites de nossas práticas de engenharia além de seus limites atuais. Consequentemente, o número e a frequência de acidentes devem aumentar nas próximas décadas, apesar do avanço tecnológico crescente.
Muitas das razões pelas quais nós profissionais devemos estudar cuidadosamente as falhas de engenharia, além de evitá-las, tem a ver com a alta percepção pública da profissão em nossa sociedade.
Devido a evolução tecnológica, a opinião pública certamente consideraria o sucesso técnico de engenharia como inquestionável e suas falhas como intoleráveis. Curiosamente, em trabalhos recentes, estatísticas médicas recentes revelaram que na Grã-Bretanha, Itália e Alemanha cerca de 100.000 pessoas perdem a vida anualmente devido a erros médicos.
Além disso, cerca de 300.000 pacientes anualmente sofrem permanentemente de erros graves de tratamento.
Apesar da magnitude desses números, a opinião pública não reage contra eles com a mesma veemência que reagiria caso 10 vidas fossem perdidas em um desabamento de prédio causado por um projeto e/ou construção falho.
Vale ressaltar que alguns dos problemas de engenharia, sem dúvida, permitiram que projetos posteriores obtivessem o sucesso.
Um exemplo clássico são as Grandes Pirâmides de Giza, que permanecem por muito tempo como exemplos de megaestruturas bem-sucedidas e que foram construídas a partir de projetos preliminares e fracassados de outras pirâmides fracassados (Sneferu’s Meidum e Bent Pyramids).
Da mesma forma, mas com um resultado diferente, os Antigos Egípcios aprenderam com o rompimento de sua primeira barragem de controle de enchentes, a Barragem de El-Kafara que foi destruída por uma enchente durante sua construção. O conhecimento na época não permitiria controlar a poderosa força da água. Eles abandonaram a ideia de construir uma barragem para reservação que só após oito séculos teve a tentativa repetida.
Assim, notamos que o conhecimento técnico sempre está sendo aprimorado e devemos tirar o máximo proveito dos insucessos.