Nas últimas décadas, pesquisadores buscam definir a composição e estruturação do interior da Lua.
No entanto, o tamanho reduzido do núcleo dificulta uma investigação mais assertiva sobre como é o coração do nosso satélite natural.
Recentemente, um estudo científico indicou que o núcleo da Lua deve também ser formado por Ferro, como acontece com a composição do núcleo da Terra.
Até onde sabemos, a estrutura interna da Lua inclui uma crosta com cerca de 70 km de espessura e uma camada de manto de cerca de 1330 km de espessura. Já o núcleo da Lua, seria formado por uma camada externa parcialmente flúida e uma interna sólida, também em um modelo similar ao da Terra.
Segundo o estudo divulgado em maio na Nature (Briaud et al., 2023), o núcleo lunar interno teria um raio de aproximadamente 260 km (258 ± 40 km) e densidade compatível com uma composição de Ferro (7,822 ± 1,615 kg m− 3).
É um núcleo pequeno, considerando que esta medida indica uma largura que é pouco maior que, por exemplo, a distância entre Belo Horizonte e São Paulo em linha reta.
A confirmação da existência de partes do interior da Lua compostas por Ferro explica a existência de materiais ricos em ferro na crosta lunar.
O manto lunar é composto de rochas ricas em ferro e magnésio. Já a crosta lunar possui grande parte de rochas félsicas em sua estrutura e derrames máficos antigos (ocorridos entre 3 e 1 bilhão de anos, aproximadamente).
Além disso, esta característica entra para o hall de feições similares entre a Terra e a Lua, o que reafirma a teoria de que a Terra e a Lua possuem um passado de origem e evolução em comum.