Em uma pesquisa divulgada no fim de 2022, os pesquisadores identificaram comprovações em cadernos de Da Vinci de que ele realizou experimentos que demonstram a aceleração da gravidade, e ainda um modelo da constante gravitacional com cerca de 97% de precisão.
Leonardo Da Vinci viveu entre 1452 e 1519, e foi uma das mentes mais geniais de que se tem registro na história da humanidade. Mesmo com grandes limitações dadas pela falta de liberdade de expressão e poucos recursos matemáticos existentes na época, Da Vinci realizou descobertas fabulosas.
Suas anotações do caderno que contém os estudos da gravidade, estão disponíveis para visualização na página da British Library.
Da Vinci realizou e registrou em seus cadernos experimentos onde um jarro foi movido ao longo de um caminho reto e horizontal, despejando água ou grãos, provavelmente de areia.
As anotações e desenhos descrevem, por exemplo, que a velocidade da água ou a areia não é constante, e que essa aceleração é para baixo devido à gravidade.
Se o jarro que lança a areia mantiver sua velocidade constante, o material formará uma linha vertical. Mas, se o jarro se mover de forma acelerada, a areia forma uma linha inclinada, e o conjunto todo forma um triângulo.
Da Vinci escreve que, se o jarro estiver com a mesma aceleração que a gravidade, o triângulo será equilátero.
Em seu caderno, ele chamou essa relação de “Equatione di Moti”, ou “equação de movimento”.
Ele até fez uma equação matemática da aceleração, correta para aquele método. Mas como o método era rudimentar, e não haviam meios de medir com precisão, ele não chegou na equação ideal.
Depois de Da Vinci, Galileu Galilei teorizou em 1604 que a distância cursada por um objeto em queda livre era proporcional ao quadrado do tempo transcorrido.
E no século 17, Isaac Newton desenvolveu a ideia até chegar na lei da gravitação universal.
Segundo ele, a gravidade era uma força com efeitos imediatos, independente da distância entre os corpos.
Só no século 20, Einstein desenvolveu as teorias sobre a relatividade, e descreveu a gravidade como uma aceleração no espaço-tempo e não como uma força.