Muitas operações de mineração subterrânea ou em superfície necessitam do desmonte com explosivos devido a resistência tanto do minério quanto do estéril.
Para que o desmonte garanta produtividade, fragmentação e segurança para as etapas subsequentes, seguem algumas dicas importantes:
Seleção do tipo adequado de explosivo:
Em algumas situações o explosivo selecionado não é compatível com os resultados esperados, nem mesmo com as características do pacote rochoso a ser desmontado.
Um problema muito comum em minas a céu aberto, é a presença de água nos furos.
Neste caso recomenda-se a utilização de emulsões, visto que o ANFO é sensível a água.
Carregamento adequado dos furos:
Considerando que os furos a serem carregados estejam dentro das especificações de posição e profundidade, deve-se atentar ao carregamento da carga explosiva.
É necessário que os acessórios de iniciação e amarração estejam corretamente empregados e tampão tenha espessura correta.
Tempos de retardo adequados:
O número de furos que são iniciados ao mesmo tempo é diretamente relacionado com o volume de carga explosiva simultaneamente deflagrada.
Volumes muito elevados de explosivos deflagrados ao mesmo tempo podem gerar sérios problemas de ruído e vibração.
Para controlar estas variáveis é necessário utilizar os retardos que controlam o intervalo de tempo entre cada deflagração.
Razão de carga adequada:
Cada tipo de rocha e cada destinação está relacionada com uma determinada razão de carga.
A razão de carga é a relação entre a massa de explosivos empregada em um desmonte e o volume (ou massa) de rocha que será desmontada.
Utilizar razões de carga acima das especificações podem gerar ultra-lançamentos, vibrações, back-breaking e ruídos.
Por outro lado, razões de carga muito baixas podem prejudicar a fragmentação, gerar presença de blocos na pilha e até mesmo gerar repés.