Realidade Virtual na Educação e Treinamento

Com o excesso de dados e informações que caracterizam o nosso mundo contemporâneo, de maneira um tanto contraditória, as pessoas vêm sofrendo cada vez mais com uma crescente dificuldade em adquirir novos conhecimentos e habilidades através dos meios tradicionais de ensino e aprendizagem.

Quando se trata da geração Z, nascidos em um mundo totalmente digital, as dificuldades são ainda maiores.

Em geral isto se deve à métodos arcaicos de ensino que priorizam o aprendizado passivo, através da escuta, leitura, imagens e vídeos, o que permite, segundo Dale (1969), no máximo 50% de retenção dos conhecimentos, ao passo que métodos ativos de aprendizagem podem elevar essa taxa para até 90% quando se trata de um aprendizado prático.


Neste contexto, a Realidade Virtual oferece ao aluno a oportunidade de aprender experienciando um ambiente fictício ou praticando ações de forma virtual, controlada e segura, sem a necessidade de custos e tempos com deslocamento.

Estudos indicam que o uso destas tecnologias permite diminuir curvas de aprendizagem e aumentar a retenção do conhecimento, ao passo que possibilita ao professor monitorar de forma mais eficaz o processo de aprendizagem.

Através da gameficação promove ainda um maior engajamento e foco dos alunos que buscam superar a pontuação ou o tempo dos colegas.

Outra característica do treinamento imersivo virtual é a possibilidade de repetição e aprendizagem autodidática, todas essas características convergindo para treinamento muito mais eficazes e com custo reduzido se comparado com os métodos tradicionais.

Em ambientes de alto risco como o caso da mineração, estas tecnologias contribuem para a diminuição  da quantidade e gravidade de acidentes de trabalho, quando permitem expor colaboradores à situações críticas acontecidas naquele ambiente ou passíveis de acontecer, para assim aumentar a percepção de risco dos mesmos.