Uma indústria mineral se torna cada vez mais viabilizada quando seus resultados estão cada vez mais associados ao aumento de produção e menos aos impactos ambientais e sociais.
Por isso, uma política voltada para a segurança operacional e atenção aos stakeholders envolvidos na sua operação, deve ser a premissa fundamental de todos os que estão ligados à mineração.
O tema ESG está em foco e irá nortear a industria mineral nos próximos anos, trazendo a oportunidade para o setor se preparar de forma antecipada para as mudanças que acontecerão na economia em vistas de planejar o mundo para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), bem como se beneficiar da redução a exposição aos riscos que são inerentes a atividade mineral.
Buscando observar os principais aspectos ambientais, sociais e de governança, ter uma política voltada para a redução dos riscos do negócio traz sustentabilidade, não somente ao empreendimento, mas para todo setor de mineração.
Não à toa a Global Report Initiative (GRI) está focada em publicar o padrão setorial, sendo o quarto setor atendido pela iniciativa global.
O setor não precisa de mais regulamentação, mas precisa buscar se comunicar melhor com a sociedade, identificando de forma preventiva os riscos sócio-ambientais e sendo gerida de forma sustentável e consciente.
O norte fornecido por iniciativas como a GRI dará à mineração uma vantagem competitiva em ralação a outros setores, incentivando a aplicação de metodologias e políticas que reduzam os riscos associados à atividade.
A redução a exposição aos riscos trará uma segurança maior ao empreendimento e consequentemente a redução dos prejuízos que muitas vezes surgem da imprevisibilidade do setor na sua interação com as comunidades, com o meio ambiente ou mesmo com a sua estrutura de compliance.
As maiores mineradoras do mundo não se furtam a responsabilidade de liderar a aplicação das políticas em todo o setor.
É natural que investimentos sejam realizados e isso pode desestimular pequenas mineradoras em fazê-los.
No entanto, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) está tratando o assunto de forma muito séria e absorvendo dentro da estratégia o conteúdo de ESG, observando as características e buscando adequar os temas dentro de metas claras, alcançáveis e implementáveis por todos do setor.
A preocupação com a governança também é vital.
Termos como greenwashing e socialwashing estão surgindo para designar empresas que apenas que se apresentam como adequadas aos conceitos de ESG, mas não tem um resultado consistente, além de números que não são confiáveis.
A qualidade e integridade das informações, preocupação clara do IBRAM, irá criar um ambiente de competição sadio entre as mineradoras.
A implantação da política de ESG pode não ser atrativa no início, mas seus resultados serão observados no médio e longo prazo
Não é fácil fazer um exercício de previsão para os próximos anos quando falamos em mineração.
Tudo influi no resultado: geopolítica, preço do minério, clima, mercado.
Mas podemos estar certo que o setor está se posicionando de forma cada vez mais como uma indústria responsável e comprometida com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Ter uma agenda ESG na mineração implica em ter uma agenda cada vez mais aderente e consciente responsabilidade ambiental e social do seu setor.
Essa consciência traz uma segurança operacional maior aos empreendimento e para a indústria como um todo e reduzindo os riscos de impactos, as ocorrências inesperadas serão cada vez mais raras produzindo resultados cada vez mais robusto para as empresas.
