Os magmas kimberlítico e lamproítico trazem diamantes para a superfície da Terra.
Mas todos terão diamantes?
Os diamantes não são cristais originários do magma lamprofírico, mas sim, são derivados do manto profundo. O alto conteúdo de voláteis e a subida rápida deste magma permitem que este traga uma grande quantidade de materiais do manto (xenólitos e xenocristais, incluindo os diamantes).
Os magmas lamprofíricos aparecem em regiões de crosta muito antiga ou em suas bordas. A análise das descobertas existentes mostra que as ocorrências dentro do cráton tendem a ser mais ricas em diamantes, enquanto nas bordas a probabilidade de encontrar diamantes é menor.
Não há como garantir que a rocha lamprofírica não terá diamantes, mas a rocha que está na parte interna da litosfera antiga tem mais chances de ser rica no mineral.
E qual a razão desta diferença? Encontramos na literatura dois fatores principais.
Diamantes formados sob crátons – A ideia mais difundida é a de que os diamantes estão apenas embaixo dos crátons. Por isso, em suas bordas, a quantidade de diamantes seria menor, e fora do cráton não haveria abundância de diamantes.
Grande espessura de litosfera continental ácida – Outra idéia é a de que o magma deste tipo precisa passar por uma litosfera rica em rochas silicáticas mais ácidas, para alcançar a rapidez com que sobe (Russel et al., 2012). Neste caso, o magma estar em um local mais propício da litosfera é um fator determinante para este tipo de intrusão.