Os depósitos de placer, ou depósitos de aluvião, são concentrações de minerais valiosos que foram removidos de sua rocha-fonte e depositados em um novo local.
A erosão e o transporte do material de valor são o resultado natural da ação de processos de intemperismo, gerados na interação das rochas de superfície com a água, o gelo ou o vento.
Por isso, este tipo de depósito pode ser encontrado em leitos de rios atuais ou antigos, áreas costeiras, ou até em regiões desérticas.
Estes depósitos são associados à extração de ouro, de minerais cristalinos preciosos (como o diamante), e de minerais pesados (como titânio e zircônio).
Como nos depósitos de placer o mineral alvo está separado da rocha matriz, a operação pode ser muito simples na maioria dos casos.
O processo utilizado pode variar, mas geralmente utiliza alguma separação gravitacional (lavagens com água, por exemplo), pelo fato do mineral ser mais denso que o sedimento comum.
A bateia é o instrumento mais conhecido da mineração de aluvião, onde o sedimento é agitado para concentrar o material pesado para um lado e o sedimento comum para o outro.
Como procedimentos simples de extração em placers podem ser efetivos para exploradores individuais, estes são o tipo de depósito mais típico buscado por pessoas comuns.
Por isso, a mineração em placers tem sido registrada desde centenas de anos atrás até os dias de hoje.
Para prospectar ou minerar recursos de placers, é essencial compreender a dinâmica dos sedimentos, e a relação deles com o mineral prospectado.
Considerando o ouro, por exemplo, o metal é mais pesado que os sedimentos, por isso é transportado por água com alta energia.
Mesmo dentro do leito do rio, o ouro tenderá a estar nas fácies de rocha de maior energia (conglomerados), e a se acumular no fundo do rio, junto ao leito impermeável.
Por isso, ao explorar leitos de antigos rios, os mineradores buscam o fundo do depósito para conseguir mais ouro.
O fundo pode ser na rocha dura, ou uma camada de rocha impermeável, como argila.