A exploração mineral é o meio pelo qual novos depósitos minerais são encontrados.
Os alvos são acumulações naturais de metais (ferro, ouro, níquel, prata, cobre, etc) ou minerais (diamantes, apatita, topázio, carbonato, por exemplo).
Será chamado de minério o material rochoso natural do qual minerais de valor comercial estão concentrados e podem ser extraídos.
Para ser considerado um minério, este material irá conter, em geral, concentrações entre 100 e 10 mil vezes maiores do que as rochas ao redor.
Um depósito mineral é uma região da crosta que contém um ou mais tipos de minério.
Em uma região, se ainda não há uma acumulação mineral determinada, é preciso descobrir pistas de sua provável localização.
Se já há indícios da existência de uma acumulação de minerais de valor, seja no subsolo ou em depósitos mais superficiais, as ocorrências precisam ser confirmadas, e sua distribuição espacial e outros fatores precisam ser aferidos para dizer se a extração do minério seria economicamente viável, e qual o valor estimado do minério em questão.
Cada tipo de mineralização e minério terá um tipo de área favorável, e a localização e tamanho da acumulação de minério será totalmente dependente da história geológica da área. Então, o primeiro passo na prospecção é o estudo geocientífico da área.
Geocientistas (geólogos de campo, geoquímicos, geofísicos, por exemplo) irão estudar o tipo de processo geológico responsável pela formação da concentração do minério, e descrever sua provável distribuição na superfície da Terra.
Por exemplo, o minério pode ser detectado por suas propriedades físicas, como a densidade, o magnetismo, ou a condutividade elétrica.
Estas propriedades são detectadas em estudos de geofísica. Ou ainda, alguns tipos de minério causarão alterações químicas no ambiente, no solo ou na água circundante, por exemplo. Estas alterações químicas podem ser indicadas por estudos de geoquímica.
Já o estudo de campo geológico, coordenado pelo geólogo de campo, visa o mapeamento e amostragem para aferir os tipos de rocha e sua composição.
A investigação pode durar um longo período, a depender do tipo e da quantidade de dados existentes da área de estudo. Deve ser feita a revisão de todos os dados físicos e químicos disponíveis da região.
Junto disso, as investigações de campo e mapeamento geológico.
Primeiro, a investigação é feita em uma área ampla, pare detectar áreas mais favoráveis.
Depois, as áreas irão sendo diminuídas para concentrar os esforços e investimento em locais de maior probabilidade de ocorrência do minério.
Com o aumento das chances de haver uma concentração satisfatória, serão feitos investimentos em modos mais caros e pesados de investigação, como perfurações.
As perfurações são essenciais para indicar se a prospecção deverá seguir, e em qual direção.
Desde a exploração (prospecção) até a explotação (extração do recurso), o processo levará vários anos. Por isso, este é um ramo de projetos de longa duração.
A grande maioria dos projetos de exploração mineral não consegue encontrar minério. Muitas poderão encontrar o minério, mas sem condições viáveis para extração, sejam econômicas ou mesmo por questões legais.
Algo similar também acontece com a exploração de outro recurso natural essencial para a humanidade, o petróleo.
Mas vale lembrar que, muitas vezes, o recurso de valor não foi detectado por uma equipe de exploração, mas pode ser detectado por outra diferente.
Por isso, muitas áreas já estudadas são revisitadas.