A litosfera é a camada mais externa do planeta, composta pela crosta e por parte do manto.
A definição de litosfera segue a divisão interna do planeta, dada por mudanças bruscas nas medições geofísicas em profundidade.
A litosfera está acima da Astenosfera, camada mais dúctil que teoricamente permite que a litosfera tenha movimentos laterais (movimentos tectônicos de grande escala).
Em diversas ocasiões, o termo “litosfera” é confundido com “crosta”. Na verdade, a crosta é uma parte da litosfera, de composição mais “granítica”.
Abaixo da crosta, a composição mineralógica é ferromagnesiana.
Então, atenção!
A crosta e o trecho de manto mais resistente formam a litosfera.
A teoria do sistema global de placas tectônicas é feita com base em movimentos de placas litosféricas, por exemplo, e não em movimentos da crosta.
Em geral, consideramos que a litosfera vai até 100 a 250 km de profundidade na maioria dos casos.
Mas a espessura varia muito de acordo com o local do planeta e seu contexto geológico. Por exemplo, regiões cratônicas frequentemente tem espessuras maiores.
A espessura da litosfera também varia de acordo com o método geofísico utilizado para estudá-la.
O conceito de litosfera mais difundido está ligado ao dado sismológico, sendo então uma divisão baseada na resistência mecânica das rochas (elasticidade).
Mas existe também a litosfera definida por propriedades térmicas, e a base litosférica neste caso deve estar entorno de 1300⁰C. Ou ainda a litosfera elétrica, que tem a sua base entre 250 e 275 km.
Em suma, ao olhar trabalhos científicos, é importante estar consciente sobre qual o contexto geológico, e qual propriedade física está sendo usada para interpretações.