O Pico do Itacolomi está na área do Parque Estadual do Itacolomi, na serra que leva o mesmo nome.
Forma uma bela paisagem que pode ser vista de diversos locais, incluindo a região histórica da cidade de Ouro Preto.
As rochas são sedimentares e muito antigas, de ambiente de rios entrelaçados e leques aluviais de uma bacia intermontana (entre as montanhas) do Paleoproterozóico, já na fase de colapso orogênico.
Estas rochas são hoje metamórficas, mas preservam suas estruturas sedimentares pois passaram por metamorfismo regional de baixo grau.
A região possui paredões íngremes, pontões, feições cársticas (dolinas e cavernas), formados pela erosão da rocha controlada pela rede de fraturas e falhas.
Na área do pico, predomina um quartzito rico em micas, contendo quartzo, muscovita, sericita, plagioclásio magnetita, hematita e zircão.
Há quartzitos com estruturas do tipo estratificação cruzada acanalada, cruzada planar, e plano-paralela.
As rochas fazem parte do Grupo Itacolomi.
Neste grupo, há principalmente quartzitos, com presença também de filito e conglomerados.
O grupo de rochas possui uma formação rochosa, a formação Santo Antônio, que possui rochas ligadas a mineralizações de ferro, como quartzitos hematíticos e rochas sedimentares contendo clastos de formações ferríferas (Dorr, 1969).
O grupo Itacolomi pode ser entendido como três pacotes de rocha:
O primeiro, na base, são quartzitos grossos, quartzitos hematíticos e magnetíticos a metaconglomerados.
O segundo, quartzitos grossos e metaconglomerados na parte intermediária.
No topo, o terceiro pacote seriam quartzitos finos e grossos e camadas de metaconglomerados finos (Glöckner, 1981; Duque, 2018).
Além da Serra do Itacolomi, as rochas do grupo Itacolomi ocorrem também em Lavras-Novas; Pico do Frazão, Serra de Ouro Branco, Sinclinal de Santo Antônio, e na região central do Sinclinal Moeda.